Atchin... Aaaaaatchin! Sim, estou numa crise alérgica daquelas! Quem me conhece teve o prazer de conhecer minha alergia também. E tudo isso, porque tenho que ficar numa sala trancada com um carpete todo decorado com manchas de mofo. É tempo de crise e eu não posso recusar uma proposta não muito atrativa de emprego. Sim, eu sou simpática! Minha crise aumentou tanto que minha cabeça já bate no teto. A cabeça tem que ficar para cima, porque se eu abaixá-la pinga no teclado. Teclado é o que vai voar direto em minha cabeça se eu quebrá-lo. Ainda bem que é sábado e meu Irmão não está aqui. Acho que ele detestaria ver a cama dele respingada de coisas que saem do meu nariz a cada espirro. E o chão do quarto... Um horror! Agora enquanto escrevo essas poucas linhas várias gotas já caíram sobre o papel e eu teimosa como sou continuo a escrever por cima dos pingos e adivinhe o que acontece? Um furo. O papel está pingado e igualmente furado. A cada espirro que sai Papai fala da sala: “_ Por que você não me ligou, eu passaria na farmácia e compraria uns remédios?” E eu nem respondo. Ele também tem essa alergia e sabe como é. Ela é imprevisível. Meu nariz pinga... Pinga. Atchin! Papai fala da sala: “_ Não tome leite por causa da lactose, isso vai piorar a alergia. Tome leite de soja.” Eu até tentei tomar leite de soja, mas sinto falta de alguma coisa e adivinhe o que é? A lactose. Esquentei meu bom e velho leite tipo “A” e tomei todinho em vários goles. Foi bom. Melhorou bastante na hora, porque depois piorou. Já nem pingava mais. Escorria. Nem sentia escorrer. Passo a mão e sinto-a molhada. Limpo na blusa. Os espirros cada vez mais fortes... Pinga lá embaixo também. Agora lenhou-se. Lenhei-me! Pinga por cima pinga por baixo. Papai pega uma sacola de remédio, senta-se ao meu lado e rir. Rir, porque eu não consigo respirar. E como se não bastasse perguntou-me várias coisas sobre um filme e eu calada. Ele apenas disse, rindo muito: “_ Não consegue respirar?” Fingir que nem ouvir. Ele abriu a sacola, mas aqueles remédios não me servem para nada. Ele levantou pegou a sacola e saiu. Meia hora depois ele grita: “_ Vou dormir, boa noite!” eu apenas disse: “Tá”. Dormir, eu quero e preciso, mas não consigo. Minha blusa está molhada. Eu sou tão nojenta. Esfrego a blusa no nariz desde pequena que faço isso. Acho o máximo cultivar bons hábitos. Adoro! É tarde e já nem é sábado. Domingão nascendo com o céu cheio de estrelas lindas. Domingo, meu tão esperado domingo. A respiração começa a melhorar. Vou tomar esse leite de soja. Até que é bom tomá-lo assim, porque não sinto seu sabor. Vou para meu quarto e pingo no lençol azul o mesmo que servirá para me cobrir. Pingo, pingo. Pingo por cima. Já não espirro mais... nenhum pingo por baixo. Tudo sob controle. Ou quase tudo. E pensar que final de semana passado foi lindo. Teatro. Pizza. Sorrisos. Carinhos. Música. Dança. Conversas. E depois dizem que quem faz nossa vida somos nós. É nada! A vida me deu um final de semana perfeito, porque sabia que o outro seria sofrido. Atchin!
domingo, 15 de março de 2009
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4 comentários:
Passeia e nem chama os pobres né? Chata.
Seguinte, toma um polaramine. Se não melhorar a sua alergia, pelo menos você dorme.
E outra: não tome o leite mesmo não. A toxina é miserável para os alérgicos.
E dê-se por satisfeita pq aproveitouo fds anterior e pq não tem sinusite. Se vc tivesse, saberia qo q qro dizer... hehehe
Bjs e melhoras miga!
coitada...melhoras!!!!!!!!
beijinhos
melhoras[2] são duas e meia da madruga quero dormir e o tcc num deixa bjos hora de dormir...
Voltamos.
p.s:. Tomara que desta vez apareça aí.
"E depois dizem que quem faz nossa vida somos nós. É nada! A vida me deu um final de semana perfeito, porque sabia que o outro seria sofrido. Atchin!"
"Atchin": A vida é fenomenal. Tem de acontecer certas coisas para dosarmos e sabermos cada gosto bom e ruim. Sabermos diferenciar o grotesco (- atchin!) do delicioso.
Sabe, adoramos cada atchin, porque apesar de sabermos que é alergia, instâtaneamente respondemos:
- SAÚDE!
Com uma incosnciência consciênte nós estamos sempre a te desejar o bem. Por que o desejo nosso, sai tal qual o espirro: rápido, mas... verdadeiro.
Seus pingos, todos, os de cima e os de baixo, podem até não ser a coisa mais linda do mundo, aí, no "real", mas aqui, aqui está tudo poetizado.
Cada gota vira orvalho em flor!
E você, hoje, nos parece uma rosa.
Porque a Rosa tem o nome da cor que você gosta e a essência da cor dos nossos beijos: Vermelhos.
Beijos vermelhos...
p.s²: nós também a amamos, você nem calcula o quanto.
Mi e ChicO,
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