quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ao, meu doce, amor...



Queria escrever um texto tão bonito que seus olhos inundassem na primeira linha. Eu gostaria de contar sobre tudo que aprendi. Sobre quando sinto seu perfume no instante que penso em você. Queria escrever muitas palavras... Belas até sobre quando sinto seu coração bater em meu ouvido. Sobre quando acordo no meio da noite com seu corpo se ajeitando ao meu. Gostaria de falar sobre a saudade, saudade mesmo, forte e feroz que sinto quando estou longe de você nas dolorosas noites de plantão. Queria ficar calada ao seu lado, esperando o tempo passar para não deixar escapar o que seus olhos veem. Queria raptar todos os nossos momentos para revê-los depois. Gostaria de falar sobre os meus sonhos e o quanto deles é você. Ah, gostaria de escrever sobre como sou grata por tudo que seus olhos mostraram aos meus. Sobre o prazer que sacia minha vontade quando você come caranguejo. Por tudo que experienciamos até aqui. Queria mesmo detalhar todas as descobertas que fiz nesta cidade. Mas, prefiro apenas sentir... O calafrio na espinha quando saio da Avenida Barão de Maruim e vejo o rio Sergipe tão verde quanto seus olhos. Gostaria de falar sobre o que tenho aprendido com você. Novas palavras. Novos gestos. Novos sons. Novos hábitos. E de como meu olhar é mais doce e calmo, porque tudo que vejo é pela lente dos seus olhos. E eles são ternos. Estou somando todas as experiências do passado e do presente para compreender melhor o futuro, quando estivermos com cabelos grisalhos. Estou revivendo todos os dias ao seu lado. Às vezes, desaprendo para aprender com você Queria escrever sobre quando seguro sua mão... Quando vejo seu carro chegar. Quando acordo ao seu lado e espero seus olhos acordarem para mim... Gostaria de escrever muitas palavras, porque diante de tantas comemorações da data de hoje, a nossa é a mais importante... Gostaria de falar (ainda dá tempo?!) sobre como você enche meu coração de verde, cor dos seus olhos, e da esperança renovada a cada amanhecer...



sábado, 19 de abril de 2014

Ao Meu Amor



Já não preciso escrever sobre a busca que tanto movia e motivava dias vazios. E sem razão. Dias de domingo. Dias cinza. Palavras soltas. Ecoavam na mente. Dilaceravam o peito. O que buscava. O que procurava. Entrou em mim como sol de verão pela fresta da cortina. Acordando minha latência. Despertando para a vida. Adoçou minha amargura! Calou incertezas. Estancou dúvidas. Sem dar chance de fazer perguntas. Entrou! Fez adormecer noites insones. Não procuro mais São Jorge, terno companheiro, no clarão. Contemplo apenas sua redoma. Cheia, transborda meu coração. E os pisca-piscas que deixam as noites num eterno Natal. Foi também madrugada de dia santo que você chegou. Adormeci ouvindo sua voz, falando em cada poro. No outro dia, saudade! De tudo que já não cabia em mim. E que só silenciara com você. Pensei em ligar. Pensei em ir. Pensei em você. Ouvia sua voz. Que calava a minha. Mas, não sufocava. Transbordávamos. Transbordamos! Acontece algo aqui que tento trancafiar em mim. Ou melhor, devo trancafiar. Mas, como? Se nosso olhar transbordar na sala. Acontece algo aqui, quando você segura minha mão. Quando fazemos planos. Lavamos os pratos. Arrumamos a cama. Almoçamos. Soninho da tarde. Ou apenas, quando sorrimos. Acontece algo aqui, mas não só acontece. Transforma! Mudança! Não apenas de cidade! Mas, de viver. E eu quero comemorar isso todos os dias, não apenas naquele dia... É preciso uma nova poesia para comemorarmos a potência da vida!