sábado, 6 de outubro de 2007

Histórias de Amor



Tenho pensado muito em escrever sobre o sentimento que norteia todas (ou quase todas) as relações humanas, o AMOR. São histórias de amor lindíssimas que valem a pena serem contadas, algumas com finais felizes outras nem tanto, mas para mim todas as histórias de amor têm finais felizes, mesmo quando um se separa do outro e vai para o Japão. Existe algo mais sublime que sofrer por amor? Bem, para mim, uma simples mortal, aprendiz de poeta, NÃO. Sofrer por amor é lindo, é mostrar que somos humanos, que somos de barro. Sofrer por amor é tudo. É procurar culpados e não achá-los. É procurar soluções e não tê-las. É sentir dor e não ter remédios. É procurar descobrir em vão como e onde as coisas se perderam. É prometer. É jurar. É tentar achar uma forma de aliviar a dor. É não querer repetir os mesmos erros. É chorar, é chorar. Chorar com os filmes de sessão da tarde. Chorar no ombro das amigas. É ter olhos vermelhos. São noites sem dormir. É tentar em vão dizer que não vai mais amar. É desacreditar. É curar um desamor amando. Só um amor cura outro amor. Isso é verdade popular. O povo sabe tudo. Quem sou eu para discordar. Não existe outra coisa para curar um amor perdido. Só encontrando outro amor. O amor é lindo! Amar é tudo de bom. Amar. Amar. Só mesmo minha poeta linda, Florbela Espanca para traduzir meu pensamento sobre amar.


Amar!

Eu quero amar,
amar perdidamente!
Amar só por amar:
aqui... além...
Mais Este e Aquele,
o Outro e toda a gente...

Amar! Amar!
E não amar ninguém!
Recordar?
Esquecer?
Indiferente!...
Prender ou desprender?
É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz,
foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó,
cinza e nada,
Que seja a minha noite
uma alvorada,
Que me saiba perder...
pra me encontrar...

Florbela Espanca