domingo, 17 de abril de 2011

Querida B.


Eu quero falar sobre a emoção. Sobre o carinho. Sobre o sentimento que permeou a noite. Entre sorrisos e abraços. Palavras trocadas e olhares. Traduzir tantos sentimentos em palavras é um grande desafio. Escrever para você é sempre um desafio. Porque parece que você é conhecedora de todas as palavras. Mas, também devo confessar que é difícil escrever para quem amamos. E eu fico aqui tentando juntar meio punhado de palavras que te faça sorrir. Ah, seu sorriso! Se eu pudesse tirar meus olhos e te emprestar. Somente assim saberia o que sinto quando olho para você. Você tem um encanto que é só seu.  Mas, ainda, quero continuar minha tentativa em descrever a emoção. E tem de ser agora no calor do momento. Porque a emoção quando passa, passa. Sabe aquela coisa que vem de dentro? Pois é, quando estávamos sentadas a mesa senti essa emoção. E quase que ela sai. Mas, tomei um gole de café para que ela retornasse. Não poderia deixar escapulir a emoção. Por isso, tomei outro gole de café dessa vez com cuscuz. Mas, ainda assim a emoção teimava em sair. Tomei outro gole de café acompanhado do bolo de cenoura (que pecado!).  Pensei que o problema poderia ser o café e tomei o suco com bolo de cenoura. (porque bolo é minha paixão!). E a emoção foi assentando-se aqui dentro. Mas, ao olhar para a mesa a emoção retornava mais forte. E estava quase impossível controlá-la. Só então percebi, porque não conseguia acalmar. Ora, tudo ali foi feito com tanto carinho e amor. A cada gole de café. A cada pedaço de cuscuz. Ingeria emoção. Foi aí que a emoção foi se ajeitando. Mas, estava tudo tão gostoso. Que a cada pedaço de bolo meu coração batia acelerado. Parecia que iria sair pela boca a qualquer momento. Poderia arriscar um discurso, mas minha voz engasgaria como uma palavra seca entalada. E meus olhos transbordariam. É complicado controlar a emoção. É difícil escrever com os olhos marejados. O teclado parece boiar em meus olhos. E a tela derrama letras por todos os lados. Mesmo assim continuo, porque estou embriagada pela emoção do momento. E não posso perdê-la. Me senti tão acolhida. Tão à vontade. Tão feliz de estar entre os seus. E saber que sou uma dos seus. Desculpa meus abraços embaraçados. Que derrubam seus óculos e brincos. E que piso em seus pés. Acontece que quando te vejo sinto vontade de te abraçar. Eu quero é te proteger de todo o mal que há no mundo. Criar uma cápsula para te resguardar. E tê-la ao meu lado por todos os dias que virão. Eu te admiro. Te respeito. Te quero feliz. E te amo. Te amo sem medo de errar. Te quero muito bem, meu bem. E quero te falar: Conte comigo! Há tantos dias que quero te falar: Conte comigo! E ainda: Estou ao seu lado! Ah, mas o que posso falar? O que posso dizer, ainda? Logo, eu, uma aprendiz de poeta. A emoção que sinto causa um rebuliço tão fantástico dentro de mim. Só tenho a agradecer. Seu olhar de carinho e cumplicidade me honram muito. Eu agradeço não apenas por estar ali diante daquela mesa (deliciosa!), mas por estar em frente a você. E sentir sua alegria transbordando. Agradeço pelo carinho de todos os dias. Pelos abraços apressados. Pelos sorrisos. Pela palavra firme e delicada. Pelo olhar que nos procura. Pelo sorriso que nos conforta. Pela orientação acadêmica. Pela orientação para a vida. Pelo tempo dedicado. Pela confiança. Poderia alongar esse agradecimento por tantas linhas, mas já está tão tarde e nós temos de dormir...