Fui deflorada!
Intimamente devastada e fecundada
Carrego em meu ventre uma vida
Condenada a infelicidade
Somos todos infelizes!
Intimamente devastada e fecundada
Carrego em meu ventre uma vida
Condenada a infelicidade
Somos todos infelizes!
Estou cheia de vida inútil!
Carrego em mim uma alma
Que buscará incessantemente a salvação
Mas que não terá escapatória
Porque antes mesmo de nascer
Já foi condenada a insatisfação
Foi condenada a ser medíocre
E a contentar-se apenas em existir
Uma alma condenada ao desespero
Porque já não há o que esperar da vida.
Tudo já foi dito e feito!
Uma alma que viverá
Apenas por viver.
Uma alma que nada buscará
Porque já não há o que buscar.
Eu queria parir uma tristeza
Uma melancolia profunda
Uma mágoa. Uma angústia.
Um ser desprovido de toda e qualquer esperança.
E que veja a vida apenas em cinza
E que se sentirá derrotado
Diante de todos os derrotados
Eu queria mesmo parir um câncer
Um câncer em forma de aflição
E que viverá aos prantos
E nos dias de crise esbraveje
E que viva seu luto dignamente
Para que assim ela possa gritar
Carrego em mim uma alma
Que buscará incessantemente a salvação
Mas que não terá escapatória
Porque antes mesmo de nascer
Já foi condenada a insatisfação
Foi condenada a ser medíocre
E a contentar-se apenas em existir
Uma alma condenada ao desespero
Porque já não há o que esperar da vida.
Tudo já foi dito e feito!
Uma alma que viverá
Apenas por viver.
Uma alma que nada buscará
Porque já não há o que buscar.
Eu queria parir uma tristeza
Uma melancolia profunda
Uma mágoa. Uma angústia.
Um ser desprovido de toda e qualquer esperança.
E que veja a vida apenas em cinza
E que se sentirá derrotado
Diante de todos os derrotados
Eu queria mesmo parir um câncer
Um câncer em forma de aflição
E que viverá aos prantos
E nos dias de crise esbraveje
E que viva seu luto dignamente
Para que assim ela possa gritar
Que é triste porque a puta o pariu!