quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sem Título II

Quando eu posto algo aqui no blog. Sinto-me completamente aliviada depois. Algumas pessoas me perguntam porque eu demoro tanto para postar algo novo aqui no blog. E eu respondo em silêncio. Com um sorriso amarelo, sem graça. Sem graça e desconfiado. Se é que é possível. Aqui tudo é possível. Eu escrevo coisas aqui, que me atormentam. Atormentar. ? Não é bem essa palavra. Escrevo coisas aqui que ficam dias e dias em minha cabeça e que não me deixam fazer mais nada. Fico com o pensamento fixo. É de alguma forma o que escrevo aqui no blog me atormenta, porque eu sou uma escrava das palavras. Eu não tenho textos prontos. Nem textos pré-preparados. Miojo. Às vezes sinto uma vontade incontrolável de escrever. Tenho que parar tudo que estou fazendo e escrever. Não consigo dormir. Aquela idéia fixa não sai da minha cabeça. Quando escrevo é um alívio. Um alívio triunfante. Ao mesmo tempo que sinto um alívio, sinto um vazio. Vou me fazer entender. Quando escrevo sinto as palavras saírem de mim. Elas saem de dentro de mim e vão diretamente para o papel. Torno-me então vazia. Fico esvaziada. Esvaziada de tudo. Sentimentos. Idéias. Emoções. E para encher novamente leva um certo tempo. Bom, agora quero escrever sobre algumas coisas que tem tirado meu sono. “Carnaval é a invenção do Diabo que Deus abençoou” CV. O carnaval é lindo. Todos. Juntos. Vamos. Pular Carnaval. É perfeito. Pobre. Rico. Intermediários. Negros. Brancos. Afros. Pardos. Pagodeiros. Axezeiros. Turistas nacionais e internacionais. “Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu.” CV. Eu vou. Viva. ! Estava lendo as Infrutescências do meu amigo Predo e comentei algo sobre quando era pequena e que só assistia o Marinheiro Popeye para vê-lo roubando uns beijinhos em Olívia Palito. Que romântico! Ainda bem que não me perguntavam sobre o tema, mesmo se tivesse acabado de assistir eu não lembraria. Possivelmente não saberia responder. Como até hoje não sei. Se fosse assistir hoje todos os episódios seriam inéditos. É tão bom ser criança. Por isso eu luto todos os dias para não perder a minha inocência. Quero falar também do meu Amorzinho que arrancou seu primeiro dentinho de leite. E está todo feliz, porque está crescendo. Se ele soubesse como é tão bom ser criança, porque não crescer é fácil. Ele está numa felicidade incrível. E uma teimosia igualmente. Coisas de crianças. Fiquei tão feliz, porque Alicia Keys ganhou um Grammy. Ouça. "No One". E fiquei radiante com Amy Winehouse. Ela ganhou cinco Grammys. Ouça "Rehab". "Back to Black". Ouça todas as músicas de Amy e se deixe contagiar. E fiquei tão triste por Henri Salvador. “Quem não sentiu o suingue de Henri Salvador?” CV. CV realmente é um gênio. Um gênio fora da lâmpada. Para quem não sabe CV é Caetano Veloso. Já estou ficando novamente vazia e aliviada. Ou seria aliviada e vazia?