terça-feira, 4 de março de 2008

Sem Título III

Afilhado querido:

Aqui estou numa missão quase impossível e muito especial, preciso relatar a você como foi a minha primeira vez naquela casa. Uma manhã de sol muito quente, muito quente mesmo. Trabalhava o dia todo, mas agora só trabalho à tarde. A marmita já estava me esperando no trabalho. Semana da Calourada de Letras 8.1, mas antes disso precisava saber meus horários e onde seriam as aulas. 401. Pronto. Sou 401. Alguma coisa eu já sei. Já não me sinto tão perdida. As aulas são em português. Lá estou eu. Em frente a um prédio novo. Novinho mesmo. Cheirando a tinta fresca. Prédio aqui é chamado de Pavilhão. Então tá bom, pavilhão. Pavilhão de Aulas da Federação 03. PAF 03. Só não consigo entender, porque é Federação se o Pavilhão fica em Ondina? Vários calouros disputavam à mesma coisa que eu. O horário. Alguém grita: Quem já achou LET A 09 com Luís Henrique? Estava mais perdida ainda. Procurei por Evelina de Sá Hoisel, mas só achei um tal de Thiago Martins. Completaram minha grade por mim. Algum calouro, como eu, mas experiente (eu acho) fechou meu horário todo. Eu queria ficar quieta, nem queria conhecer as pessoas que ali estavam. As pessoas são muito solidárias. Eu queria silêncio. Queria sentir tudo aquilo ali, mas as pessoas não deixaram. Faltava saber onde seria a aula de Latim. Vamos para o ILUFBA. A aula será aqui mesmo? Por quê? Porque quem ministra as aulas é a Profª Rosauta, diretora de alguma coisa (que eu não lembro mais) e não pode se ausentar do Instituto. Se é assim então tá bom. São muitas informações despejadas no primeiro dia. As aulas são no PAF 03, menos a de Latim que é no ILUFBA. Um ao lado do outro. Maravilha! Nada de aulas no PAC. Nem em São Lazaro. Pelo menos por enquanto, assim me disseram. Encontrei uma pessoa do CEFET. Minha caloura, ela gritou. E foi logo avisando: - Nem me abrace porque eu estou toda suada. Então quando ficamos frente a frente. Ela me deu um abraço bem apertado. Logo ela se foi e lá estava eu perdida novamente. Primeira semana de aula, sem aulas. Uma semana dedicada aos calouros. Esperei ansiosamente pela palestra de Evelina de Sá Hoisel, mas houve um imprevisto e ela não foi. Ainda não foi dessa vez que a conheci. Agora ficou muito claro quando você me falou para maltratar um pouco. O amor é descarado mesmo. Rui Espinheira Filho foi. Uma palestra sensacional principalmente quando falava que não conseguia separar a literatura de sua vida e que literatura é um como, uma condição. Eu quase choro. As manhãs estão vindo devagar. O tempo vai passando de outra maneira, mas as pessoas por aqui andam com tanta pressa e eu simplesmente não entendo o motivo da correria. Eu ainda não cheguei a uma conclusão sobre isso aqui, espero que possa chegar ao momento certo. Eu acho que compreendi quando você diz que é preciso querer muito para continuar aqui. Eu quis, tive que querer muito e sozinha. Em silêncio. Não consigo compreender o que perdi para ganhar, mas temos que abrir mão de alguma coisa para ter outra. Estou ainda confusa com tantas mudanças e novidades. No primeiro dia que estive aqui lembrava de suas palavras a cada instante. E foi como se você estivesse mesmo ali comigo. E me sentia bem. Me sentia segura e de alguma forma protegida. Espero ter clareado sua visão com meu caleidoscópio, mesmo se você quiser ver pelos meus olhos depois. Um poeta como nós, eles que façam as concessões (sempre)!!P.L.

8 comentários:

Anônimo disse...

E as novas formas de cotidiano chegam, daui a algum tempo vc nem vai saber q n fazia parte dessa correria toda.. boa sorte.. te adoro!!!

Unknown disse...

em primeiro lugar, a pessoa do CEFET tem nome vu punhe... ops... poetinha feia!
calma, minha caloura, com o tempo vc vai estar tão maca ao ponto de gravar todas as LETs, vai aprender a administrar os horários e as grades...
torço muito por vc

calouraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Anônimo disse...

Acho que a poesia tocou-me de uma tal maneiraaaa... diferente!

Xingar? Desgostar? Dizer que está feio? Vc é louca, jamais o faria, eu quero é beber a água dessa bica d'águas limpidas.... e todo o tempo!

"A poesia é uma condição!" rsrs... Ai, eu quero chorar... que nervoso, não posso com essas coisas. Eu concordo com o Ruy e com vc!!

Você, poeta, é uma criatura que sabe INTRODUZIR, DESENVOLVER COESA E COERENTEMENTE E AINDA FAZ AS CONSIDERAÇÃO FINAIS DE TAL FORMA, QUE PUTZ!!

Viva o Paulinho, foi brilhante "findar" com ele!


Beijos meus e de ChicO, quem está falando?

rsrsr

Anônimo disse...

Acho que a poesia tocou-me de uma tal maneiraaaa... diferente!

Xingar? Desgostar? Dizer que está feio? Vc é louca, jamais o faria, eu quero é beber a água dessa bica d'águas limpidas.... e todo o tempo!

"A poesia é uma condição!" rsrs... Ai, eu quero chorar... que nervoso, não posso com essas coisas. Eu concordo com o Ruy e com vc!!

Você, poeta, é uma criatura que sabe INTRODUZIR, DESENVOLVER COESA E COERENTEMENTE E AINDA FAZ AS CONSIDERAÇÕES FINAIS DE TAL FORMA, QUE PUTZ!!

Viva o Paulinho, foi brilhante "findar" com ele!


Beijos meus e de ChicO, quem está falando?

rsrsr

Anônimo disse...

Adorei a mensagem q vc deixou no meu blog. Visite mais vezes!

Gostei dos seus ultimos textos tbm, tem bastante sentimento.

bjs,

HM

Flor de Maio disse...

Quase choro!

=(...ops!... =D

Fadada estou à derrota na tentativa de comentar algo!

Li disse...

Retribuindo a visita e agradecendo o comentário!! Adorei o seu cantinho e também virei sempre te visitar.
Um beijo!
Elida (Li)

Pedro Laurentino disse...

Bem vinda, dindinha! eu eu, tão querendo ir também, mas sem saber. mudaram meu trabalho, isso é a ufba. Vamos escrevendo as nossas correspondências, a posteridade é logo ali! um beijo e obrigado por todas as boas vindas!