Queria escrever um texto sobre aquele filme que
vimos. O descompasso das relações até a ruptura. Mas, passou. Conversamos horas
sobre. Dias. E o sentimento ainda estava lá. Não consigo desconectar daquilo
que causa impacto em mim. Como se revivesse aquele sentimento a cada segundo. Ressuscitasse
a situação a cada instante. E assim é com tudo. Amor. Dor. Felicidade.
Tristeza. Quando algo acontece, acontece. É real. O sentimento fica. Dias. Fico
sentindo... as palavras ecoando no ar. Arrepio no braço. Frio na barriga. Fecho
os olhos. Rodopio por dentro e boom! Lá está acontecendo novamente. Sou
solidária aos sentimentos alheios. A dor. A tristeza. O amor. A alegria. Me
comovem. Há entendimento. Há entendimento assinalado. E um sentimento extremado.
Que não sai. Perdura. É perene. Não consigo passar ao largo do sentimento
alheio. Sem ser capturada. Sem ser conectada por ele. Há uma ligação
inexplicável. Indizível. Apenas sentida. Intimamente sentida. É muito fácil
tomar o lugar do outro. Colocar-se lá. Sim, sei exatamente como se sente. Até o
que nunca vivi. É vivido internamente. Há reciprocidade intrínseca. Que não
sai. E que me comove. E que me move. A conhecer o outro. A criar laços. E dar
nós. Que jamais serão desatados. É profundo. O que todos sentem no seu íntimo
reverbera em mim. Quanto mais íntimo. Mais ancorado. Mais universal. Sou um
mosaico de sentimentos. Um espelho. Um reflexo. As experiências alheias estão
entranhadas às minhas. Misturadas. Estão muito próximas. Que não consigo
distinguir o que é meu e o que é seu. Se foi, fomos. Se é, somos. É nosso. Os
sentimentos que experimento dão liga às relações. Estou minada pelas emoções
minhas e suas. À deriva. Saboreio os
sentimentos infiltrados em mim. Estão
incutidos. Embrenhados intimamente. E os sinto de forma desmedida. E a situação
continua renascendo a cada instante até que outra aconteça... e que tudo se
misture. Infinitamente, quantas vezes forem possíveis...
domingo, 31 de julho de 2016
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Um comentário:
Eu não conseguiria te explicar o quanto de mim está tatuado em tuas linhas ali. Sinto muito parecido. Sinto muito. Todavia, já chegando ao final, notei que, diferente de você, consigo pontuar certas coisas. Não levar além, pra deixar o novo brotar, por ser agora mais necessário.
Não consigo explicar, como disse inicialmente. Mas sentir é o que faço melhor.
Ah! Queria te agradecer pela visita no meu espaço. E te dizer que fiquei emocionadíssima lendo teu texto sobre a Bahia. Sou baiana, passei 12 anos fora e voltei há alguns poucos anos. E, sinceramente, não existiu um dia sequer onde não senti saudades.
Um beijo.
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