sábado, 10 de outubro de 2009

Algumas Palavras para a minha D-I-V-A, D-I-V-A minha


Hoje é o seu aniversário!!! E fiquei pensando em um presente bem legal. Um presente daqueles que ao abrir você possa falar: Uauuuuu!!!!!!! Mas eu só tenho um punhado de palavras em minhas mãos e essas palavras já foram apresentadas a você. Eu tenho também em meu peito um cadinho de carinho imenso que sinto por ti. Eu gostaria de desejar lhe todas as maravilhas do mundo, mas será que já não as têm? Bem, aí vão as palavras repetidas sim, mas o carinho, o amor, a admiração que sinto renova-se a cada dia na saudade que carrego. Feliz Aniversário!!!!

As palavras exigiram ser escritas para você. O que posso fazer logo eu uma aprendiz de poeta amadora senão escrever? Escrevo pela missão que foi imposta a mim. Escrevo, porque preciso das palavras para viver, respirar. Eu sou apenas um meio entre as palavras e sua realização. O papel dedicado a mim nesse texto é somente o de mediadora. Eu sou somente um instrumento. As palavras seguem seu rumo. Eu apenas escrevo como um ato involuntário. Escrevo para quem sabe um dia apropriar-me da escritura que apropria-se de mim. Mas esse texto que insiste em ser escrito nesse momento não é sobre mim e nem sobre o texto. Esse texto é para/sobre você. Para você sorrir e sentir-se abraçada nessas palavras. São palavras de conforto e carinho. De cuidado e admiração. De encantamento e paixão. Eu apenas gostaria que você soubesse o quanto sou feliz por tê-la conhecido. Mas antes eu gostaria de falar que para escrever para você meu coração enche-se de ternura. O sentimento percorre em mim e transborda em cada palavra desse texto – texto poema. Eu queria mesmo era ter uma voz bem forte para cantar uma canção de jazz ou blues para embalar você. Eu gostaria de pedir emprestado a voz de Amy e cantar especialmente para você. Eu gostaria de ir além e encantar você com minha música, mas cantora não sou. Sou uma amante das palavras que se encantou ao ouvir o seu – Boa noite! – Que encantou-se ao ouvir sua voz declamando poemas nas aulas perfeitas de lírica. Que narrador caberia a mim nesse texto que escrevo? A emoção que penetrava em meus poros entrava em minhas veias e explodia em meu frágil coração que saltitava desesperadamente feliz. Meu coração explodia em meu peito. Gostava mesmo de fingir que você não estava na sala e, assim, poderia levantar os olhos tranquilamente e encontrar os seus casualmente. Dessa forma, brincava com a emoção, porque sentimentos bons podem e devem repetir-se sempre. Isso faz bem. O que eu queria mesmo era poder seqüestrá-la um dia e levá-la para os federais. Eles, os federais, são tão canônicos, cansativos e chatos. Precisamos, nós os alunos, de você! Precisamos que você desperte em nós o tesão, provoque o desejo em descobrir o novo. Ou mesmo que posamos (re)conhecer o antigo com outros olhos, com novos olhares, outras perspectivas. Os federais me deixam frustrada e me fazem brochar. Deixemo-los de lado e suas vidas incolores. Sayo, DIVA minha, já não sei o que escrever para/por/sobre você. Seria como se eu tivesse a força em escrever o indescritível. De narrar o inarrável. Mas eu ainda posso falar algumas coisas que não foram ditas. Quando você adentrou naquela sala parecia que a noite tinha se transformado em dia. Ainda melhor poderia afirmar que você foi o sol que iluminou rostos repletos de nervosismos e sedentos de conhecimento. A sua luz refletiu em mim e após ser iluminada por você já não posso ser a mesma. Nem mesmo posso fingir e esquivar-me do seu sorriso iluminado que é um convite a vida. Naquela noite o brilho das estrelas e a luz da lua foram ofuscados pela sua luz. Pelo sol. O seu sol. Poderia, eu, agora fazer uma das brincadeiras que mais gosto de fazer com as palavras. Gosto de fazer uns neologismos bobinhos e engraçados, mas que alegram corações felizes. E se eu fizesse uma junção do SAYONARA + Amaral seria igual à SAYOMARA! Sayomara! Sayo maravilhosa! Sayomara, minha DIVA, DIVA minha. Posso ir um pouquinho mais além, porque sou ousada e incansável. Posso, porque quando escrevo posso (quase) tudo. Gostaria de parafrasear Calcanhotto e cantar com minha voz desafinada, mas antes disso lembro Jobim e já me desculpo por não ter uma voz de DIVA como a sua. “Se você disser que eu desafino amor / Saiba que isto em mim provoca imensa dor / Só privilegiados tem o ouvido igual ao seu / Eu possuo apenas o que deus me deu...” Agora sim posso parafrasear Calcanhotto:

“Vamos comer Sayo
Vamos desfrutá-la
Vamos comer Sayo
Vamos começá-la


Vamos comer Sayo
Vamos devorá-la
Degluti-la, mastigá-la
Vamos lamber a lírica

Pelo óbvio
Pelo incesto
Vamos comer Sayo
Pela frente

Pelo verso
Vamos comê-la crua”

Eu apenas queria falar-lhe essas coisas que há muito estão sufocadas em meu frágil coração, porque “No fundo do peito / Bate calado, que no peito dos desafinados / Também bate um coração.”

3 comentários:

Maria disse...

Não tenho nenhuma dúvida de que "Uauuuuu" vai ser o que ela vai dizer ao receber este presente! Lindo, moça poeta.

Meu beijo

Empoemamento disse...

Lindo, lindo, lindo, lindo!!!
Maravilhoso como quem escreve e quem é representada neste texto.


Eu já li este texto-poema-poesia inúmeras vezes, mas cada vez que leio, posso enxergá-lo cada vez mais belo e cada dia enxergo um detalhe a mais!

Tenho certeza que A Diva adora lê-lo também!


Beijos vermelhos,

Nós!

Empoemamento disse...

Ahhhhh, ande, poste logo sobre os dedos.

Nos deu uma ansiedade...

rsrsr...



beijos vermelhos,