São tantas coisas para desejar que perco-me diante desse turbilhão de sentimentos que transbordam em ti e respingam em mim. Parece que minhas palavras tornaram-se pequeninas e sem importância próximo a tanto nervosismo e expectativas. O que posso fazer contra as palavras que chegam para você através de mim – pergunto (sem interrogação). Seria uma luta vã, por isso, me rendo e continuo a escrever. Escrevo sem saber o que virá, apenas pela necessidade em escrever/falar. “Sim, todo amor é sagrado.” Casar é algo além de ir morar junto. É eleger e ser eleita. Escolher e ser escolhida. Casar é multiplicar. É somar. Cuidar e ser cuidada. Proteger e ser protegida. É amar por amar. Amar o amor por ele próprio. Às vezes é odiar amar tanto uma pessoa. É doação. É sonhar o mesmo sonho para que assim sua realização tenha mais força. É uma aliança. É querer, realmente querer, é querer sentir para sentir querer com certeza. Até que não se tenha mais certeza para desejar querer todos os dias. Como se fosse à primeira vez. É beijar todos os dias como se não tivesse beijado antes. “A coisa mais fina do mundo é o sentimento”. É descobrir as esquisitices do outro e fazer um esforço para entender e achar normal. É lembrar de Caetano. “De perto ninguém é normal”. É conhecer-se a partir do outro. É não saber quando começa o outro e termina você. É não querer ver, mas querer por perto. É realinhar seu mundo a outro mundo. É perder para poder ganhar. E em meio ao amor é descobrir-se apaixonada como uma adolescente. Apaixonar-se amando! Acordar no meio da noite e descobrir que você tem um par de pernas a mais e ser feliz com isso. É companheirismo. “Há mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha...” É amar além do amor. É unir-se ao conhecido desconhecido. Laçar o enlace. Revelar-se inteira. É ter medo e ao mesmo tempo dispor de coragem. É querer devorar o outro. Devorá-lo, lentamente. Senti-lo passar por todas as partes do seu corpo. Devorá-lo para que ele não saia mais e ter certeza que faz parte de você . É querer enxergar com outros olhos a mesma coisa para sentir o outro cada vez mais. É querer estar dentro, tão dentro e embebedar-se e não ter ressaca. “No inverno te proteger, no verão sair pra pescar no outono te conhecer, primavera poder gostar no estio me derreter pra na chuva dançar e andar junto...” Seja feliz até quando não puder ser... Apenas seja feliz!
E Ela responde assim:
Que belas e lindas palavras,
Obrigada. Lembrando-me de Machado de Assis, recolho-me na minha insignificância de ser, reconhecendo a minha fraqueza diante delas (seus versos-palavras), e entrego-me à alegria e às lagrimas que insistem percorrer o meu rosto.
Muito grata,
Jil,
ps.: um abraço bemmmmmmmmmm afetuoso de agradecimento, em nome da família Bazzo.
Lindíssima, obrigada você pelo carinho constante.
Lindíssima, obrigada você pelo carinho constante.