terça-feira, 26 de janeiro de 2010

(...)

Sim, é verdade suas palavras me enlouquecem e tocam tão fundo. Tão fundo como uma facada de faca dada sem dó. Mas, não posso me render, porque já sou refém. E isso aconteceu há tantos anos que nem lembro como foi e quando foi. Quando percebi estava tão presa como inseto em teia de aranha e logo após fui devorada. Eu já não me pertenço. Já não tenho controle...

6 comentários:

Amanda Julieta disse...

E, então, como em uma batalha travada contra si mesma, ela não podia se render. Simplesmente não podia - e isso lhe era imutável. Mas eu acho mesmo que essa palavra não deveria existir.
Faz de conta que ela não tem olhos de deusa, seus fantásticos olhos de deusa, e que eu, simples mortal, posso encará-los sem que minhas pernas ameacem a qualquer momento não sustentar meu corpo. Faz de conta que as palavras não fogem de mim quando estou perto dela e que toda verdade é relativa. E o que eu diria num sussurro ao ouvido dela?
-...
Talvez eu não dissesse nada. Porque não estou muito acostumada à felicidade.

Empoemamento disse...

Assim como você já não temos salvação!


Beijos vermelhos,

O Neto do Herculano disse...

Perder o controle, sentir-se presa, despertencer... pela força brutal das palavras.

Nilson Vellazquez disse...

Bela frase: "eu já não me pertenço"

Anônimo disse...

"presa como inseto em teia de aranha", gostei da frase. Abraço, Gigante!

Maria disse...

Se deixa pertencer, Poetinha. Há enorme beleza nisso também.

*saudades*

Meu beijo