domingo, 8 de novembro de 2009

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Já faz um tempo que queria te escrever essas palavras. Hoje é domingo e tomei um gole de coragem sem gelo. Todas as palavras que escrevo. Todas as minhas buscas. São para você. São para um segundo seu. Para me ver refletida em seus dentes. Espero horas. Às vezes dias e semanas. Para te abraçar por cinco segundos. Para sua mão tocar em meu rosto por milésimos. Investigo seus horários e roteiros. Para esbarrar em você por acaso. Escrevo poemas. Canções de amor. Ensaio palavras em francês. E tudo isso é para ter você perto de mim. Todas essas palavras são para te sentir. Todas as coisas que acontecem comigo são guardadas para você. Escrevo cartas de amor e um dia entregarei. Ensaio bom dia. Eu quero escrever, mas as palavras escorrem. Escorrem rapidamente e já não consigo alcançá-las. Eu sei que pareço boba, mas o amor me deixa assim. E se quiser podemos nos encontrar na próxima esquina. Até quando posso esperar? Até o seu tempo, pois o meu é sempre tarde e urgente. Eu quero pegar o tempo para nós. Eu quero não ter pressa com você. O que você quer? O que você pensa? Me diz, talvez possa realizar suas vontades. Desejo ser sua camiseta favorita. Ser suor. Seus cílios. O que você quer falar? Fala! Você desacredita do amor? Como pode? Se ele está aqui e me faz caminhar. Sente meu desespero, minha agonia, minha angústia... Isto é amor. Vem me aquietar. Estou tão confusa, falante e você continua tão elegante tomando seu café. Gosto de estar ao seu lado e sentir o vento de sua mão enquanto você fala gesticulando. Observo, atentamente, seus passos macios e parece sempre que pisa com pantufas. Ouço aquela canção e lembro de você. Já faz tempo que quero te escrever essas palavras. Ah, há muito tempo que quero! Mas às vezes sou tão tímida e desajeitada. São tantos planos. Sonhos. Curvas e uma direção contigo ao meu lado. Meu pulmão adoece sem seu perfume. Eu tento dizer em palavras aquilo que sinto explodir em mim. É como se eu pudesse ouvir o som da bolha de ar quando explode. Eu tento escrever aquilo que vejo através de você, mas... Como é que se diz? Eu tento dizer...

3 comentários:

Amanda Julieta disse...

As madrugadas sempre me devoram e teu blog é o cerne do mundo.
Eu também tento dizer, mas não entendo das palavras...
Lindo, Poetinha!
Beijos,
Mandita.

Maria disse...

Eu acho que vc já disse.
...

Um texto que não pede comentários, ele se basta!

Pois, um beijo.

Empoemamento disse...

Tão observadora e atenta a detalhes, Poetas tem de ser assim, aos menos os bons.

Os Bons, eu digo, bons para mim!

Eu simplemente adoro sua sensíbilidade e fico louca só de imaginar se existe essa pessoa que te inspira a escrever tão belas imagens poéticas.

É do mais banal e simples que o Poeta faz emergir "belezanças" e indescrítiveis sentimentos.

Eu só posso dizer: Obrigada por nós dois.



Beijos muitos e vermelhos,



Mi e ChicO!