segunda-feira, 13 de outubro de 2008

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E se eu disser que não quero? Não quero mais saber sobre as coisas da vida. Nem as belas. Nem as feras. Nem aquelas que não conseguimos entender. As coisas de repente ficaram sem sentido. Perdi o interesse. Viver é interessante. Mas o meu interesse se perdeu diante da vida. Não penso em desistir. Não quero desistir. E nem quero lutar. E também não quero aceitar apenas. Não quero mudar as cosias. Cada coisa tem um motivo. E eu não quero descobrir o motivo delas. Não quero entender. Nem compreender. Por favor, não tentem me explicar. Eu não pedi explicações. “Existirmos – a que será que se destina?” O destino cuida de tudo. E o tempo é o senhor da razão. No dia em que minha razão encontrar-se com o meu tempo. O tempo já não será meu. O tempo passa. Esse instante já passou. E o futuro é o presente que esquecemos de viver. “Meu tempo é quando”. E o passado? O passado e o futuro se cruzam no presente. O presente é o tempo mais importante. Um passo de cada vez. Logo estarei distante e caminhando. Não tenho pressa. Não sei correr. Meu tempo é diferente dos demais. Muitos não conseguem me compreender. Eu não pedi para ser compreendida. Eu não quero ser compreendida. Eu não sei o que é compreensão. Aliás, muitas das palavras que escrevo não o que significa. O que quer dizer “coisa”? Coisa para mim significa quase tudo. E na maioria das vezes é tudo. Tudo que não sei coisifico. E como não sei muito, coisifico quase tudo ou tudo. Depende do momento. Tudo o que sei não se traduz. “As palavras eram perdidas Nas curvas escuras da vida E eu nunca estava lá”. Apenas posso afirmar que sei o que não quero, mas o que quero eu ainda não sei.

4 comentários:

Anônimo disse...

Viver é um aprendizado constante... Sentir é um risco e um presente...é uma prisão e uma saída... Ame a tudo e a todos e deixe que o tempo se encarregue das explicações e das mudanças que virão...

PS: Vc como sempre me surpreendendo...BJS GIGANTE!!!

Madamefala disse...

Amei!!!!!!!!!!
Simplesmente fantástico o texto!
Talento pelos ouvidos aqui....hihhihihi

Tô num momento assim..me identifiquei muito com o texto.

" Viver é interessante. Mas o meu interesse se perdeu diante da vida."

exatamente!

Amei, amei..

bjinhos!

Empoemamento disse...

Eu amo tudo que vc escreve!

Não há mal nenhum nisso, né?

Faz bem!

Esse texto simplesmente me toca. E isso nuca será simples em demasiado! ISso sempre será complexo como nascer e depois, querer entender às coisas!

Eu não quero entender o que você escreve, eu só quero amar e sentir. Então ai, eu já te entendo.

Eu queria dizer outra coisa: Amo mesmo tudo o que vc escreve, mas este foi um dos melhores!


Beijos dos mais sinceros!

Amamos você,


Mi e ChicO!

Anônimo disse...

Liliam, quão tola sou. Depois, observei que você já é uma escritora e divulgadora de sua obra. (rindo) Acho que eu quem preciso de sua assessoria para tornar o "meu" blog mais bonito esteticamente. Ainda não sei como inserir fotos e criar um layout tão lindo quanto o seu. Ah! Sem falar nas maravilhas de suas palavras que mais parecem cachoeira em tempo de chuva, jorram fortes, tranquilas, serenamente jovial... Um abraço afetuoso, Jilvania Lima.