sábado, 6 de setembro de 2008

O que me incendeia...

Tenho uma lista interminável de coisas que me incendeia. Escrever me incendeia muito. É uma chama que não se apaga. O prazer da leitura também. Ao ler aquelas palavras guardadas e ao mesmo tempo expostas dentro de um livro me incendeia. E se aquilo que ler me completar, sinto-me saciada. E ao mesmo tempo me sinto faminta, porque a procura pelo novo é incessante. Tem uma coisa que me incendeia demais. Nossa! É um fogo louco. Sinto-me quente. Vermelha. Isso que me deixa assim sem ar é o AMOR. O amor me deixa incendiada, sempre. O sentimento amor por si só é um fogo. “O amor é fogo que arde sem se ver” FP. O amor é a chama linda em todas as relações. Entre amigos. Família. Casais. O amor deveria nortear todas as relações, em minha humilde opinião. Clarice (Linda!) Lispector me incendeia muito e desperta em mim o incêndio da escrita. “Pensar é um ato. Sentir é um fato.” CL. É um amor eterno, uma paixão fulminante. Adélia Prado tem me incendiado muito. Vinícius de Moraes me incendeia amorosamente. Amy Winehouse me incendeia musicalmente. Os detalhes do dia-a-dia. As coisas miúdas. As pessoas me incendeiam muito. Eu sou completamente incendiada pelas pessoas. Presto a atenção em cada detalhe. A cada olhar. E me surpreendo. Assusto-me às vezes também, mas o incêndio é maior e ultrapassa tudo. Sorrisos me incendeiam. Felicidade me incendeia. Ser feliz me deixa incendiada. Sentir que posso fazer uma pessoa feliz é um incêndio enorme. A vida me incendeia demais. Sinto-me completamente incendiada por viver e saber que posso realizar mil coisas. Viver a vida somente já é um incêndio muito bom. E eu sinto a chama da vida me incendiar a cada dia. E é por isso que sou inteiramente incendiada, porque vivo e faço da minha vida um incêndio. Eu sinto o incêndio dentro de mim. Dominando-me e eu não o deixo se apagar.


PS: Esse texto foi escrito há algum tempo para aula de Oficina e achei que esse era o momento de postá-lo aqui.




4 comentários:

Anônimo disse...

Como disse Ferreira Gullar, "escrever poesia é tocar o inaudito para torná-lo dito. Ou seja, é fracassar gloriosamente".

Anônimo disse...

Eu também tenho várias coisas que me incendeiam, mas o prazer de viver sem dúvida é o que mais me faz pegar fogo!
Saudades de vir aqui, mas o tempo tem me impedido as vezes de passear pelos blogs.
Parabéns pelo texto.

Felipe

www.muitoadeclarar.zip.net

Anônimo disse...

Fogo.

Cigarro.

Chama.

Luz.

Esse texto "chama" e ascende "chamas", mesmo que por ventura alguém ache que não tenha por uma vez na vida se incendiado. Esse texto o incendiou!

A mim me incendiou!


Amém pelo fogo!

E,


"Que seja eterno enquanto dure."

Madamefala disse...

Viva o fogo, a brasa, a luz!

Óbrigada pela visita tão carinhosa, por sentir falta das minhas palavras!é gratificante ouvir isso..
e fico lisonjeada de vc me comparar a Cecília....nossa quem me dera ter um milímetro de talento desse.

bjocas!