quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Sobre Minha Grande Paixão



De todas as coisas que eu gosto de fazer e que me dão prazer o que mais gosto de fazer é escrever. E escrevo descontroladamente sobre tudo em qualquer pedaço de papel em branco. Sim, sei que volta meia escrevo sobre minha paixão por escrever. Escrever é minha salvação. Escrever é minha perdição, é minha dor. É o meu caso mais profundo de amor. Amo escrever, pegar o lápis e ver o papel todo escrito com a minha letra miúda e redonda é o meu clímax. Eu quando escrevo me reconheço, me realizo, me desconheço, me sinto. Sinto-me tranqüilamente agitada. E é uma agitação boa. Sinto-me dispersa. O lápis. Só consigo escrever com lápis, com a ponta bem fina. Gosto de escrever bem leve com o lápis de ponta fina. Em alguns momentos é tão leve que a letra sai falhada, o ato de escrever é leve, para mim escrever é leveza, é transcender, é sublime, é inevitável, é uma causa, é a conseqüência, é vida, é tesão, é prazer, é sobreviver. Gosto de escrever qualquer coisa. Escrevo bilhetinhos de amor para meu bem querer. Escrevo lista de supermercado. Escrevo bilhetinhos para meus colegas de sala. Escrevo recados no trabalho. Anoto nomes e telefones. Escrevo sobre Clarice. Escrevo para Vinicius. Escrevo sobre o amor. Escrevo poesias. Escrevo versinhos. E quando não tem o que escrever, escrevo meu nome várias vezes no papel. Escrevo em qualquer papel, de qualquer tamanho. Papel de bala amassado. Atrás de folder. Folha de ofício. Caderno. Agendas. Textos. Escrevo até nas carteiras na sala de aula, mas apago depois. Às vezes. O que estiver ao alcance das minhas mãos eu escrevo e não desperdiço, escrevo no papel todo. E quando não escrevo todo, guardo para escrever depois. Se escrevo bem. Talvez. Se as pessoas gostam. Não sei. Não importa se as pessoas gostam. Não me importo se elas não me compreendem. Eu escrevo para ser incompreendida. Tudo vai ficar igual. Sem alterações. Eu escrevo para ser sentida. Escrever, escrever, escrever. O lápis engrossa a ponta. Tenho que refazer... permaneço escrevendo. Fiz até esse blog para continuar escrevendo. E escrevo...

5 comentários:

Anônimo disse...

e posso dizer q vc o faz muito bem!!!!
um beijo de saudade!!!

Anônimo disse...

E dá pra notar que é um talento.
:)

Anônimo disse...

Escrever é se entreter, mas também desabafar.. é ver o redondo das letras e imaginar. Eu também gosto de escrever, não sei se na mesma intensidade que você, mas com a mesma mania de ponta fina. Continua escrevendo, para nós continuarmos lendo. Abração

Anônimo disse...

Aaaaaaaaaaaaaaaah, que gostoso!
Puxa, que paixão! Eu também, eu também.
Eu aprendi a escrever antes do que todo mundo da escola, e comecei a fazer textos quando muitos não sabiam as vogais. Eu escrevo, escrevo, para mim e para todo mundo, escrevo diário, escrevo poesias, escrevo chorando e rindo. Escrevo por prazer. Escrevo de tristeza, escrevo de raiva. E de vez em quando posso fazer algum deseinho no meio do texto para tudo ficar ainda mais a minha cara. Porque escrever é isso, é botar sua alma no papel. E aqui, no blog.

Flor de Maio disse...

Sou inocente, eu juro!

Estou desatualizada, tempão que não passo aqui... prometi que só passava a sexta-feira, mas hoje fui obrigada a escrever aqui rsrsrsrs!