Queria escrever um texto tão bonito que seus
olhos inundassem na primeira linha. Eu gostaria de contar sobre tudo que
aprendi. Sobre quando sinto seu perfume no instante que penso em você. Queria escrever
muitas palavras... Belas até sobre quando sinto seu coração bater em meu ouvido.
Sobre quando acordo no meio da noite com seu corpo se ajeitando ao meu. Gostaria
de falar sobre a saudade, saudade mesmo, forte e feroz que sinto quando estou
longe de você nas dolorosas noites de plantão. Queria ficar calada ao seu lado,
esperando o tempo passar para não deixar escapar o que seus olhos veem. Queria raptar
todos os nossos momentos para revê-los depois. Gostaria de falar sobre os meus
sonhos e o quanto deles é você. Ah, gostaria de escrever sobre como sou grata
por tudo que seus olhos mostraram aos meus. Sobre o prazer que sacia minha
vontade quando você come caranguejo. Por tudo que experienciamos até aqui. Queria
mesmo detalhar todas as descobertas que fiz nesta cidade. Mas, prefiro apenas
sentir... O calafrio na espinha quando saio da Avenida Barão de Maruim e vejo o
rio Sergipe tão verde quanto seus olhos. Gostaria de falar sobre o que tenho aprendido
com você. Novas palavras. Novos gestos. Novos sons. Novos hábitos. E de como
meu olhar é mais doce e calmo, porque tudo que vejo é pela lente dos seus
olhos. E eles são ternos. Estou somando todas as experiências do passado e do
presente para compreender melhor o futuro, quando estivermos com cabelos
grisalhos. Estou revivendo todos os dias ao seu lado. Às vezes, desaprendo para
aprender com você Queria escrever sobre quando seguro sua mão... Quando vejo
seu carro chegar. Quando acordo ao seu lado e espero seus olhos acordarem para
mim... Gostaria de escrever muitas palavras, porque diante de tantas comemorações
da data de hoje, a nossa é a mais importante... Gostaria de falar (ainda dá tempo?!) sobre como você enche meu coração de verde, cor dos seus olhos, e da esperança renovada a cada amanhecer...
quinta-feira, 12 de junho de 2014
sábado, 19 de abril de 2014
Ao Meu Amor
Já não preciso escrever sobre a busca que
tanto movia e motivava dias vazios. E sem razão. Dias de domingo. Dias cinza.
Palavras soltas. Ecoavam na mente. Dilaceravam o peito. O que buscava. O que
procurava. Entrou em mim como sol de verão pela fresta da cortina. Acordando
minha latência. Despertando para a vida. Adoçou minha amargura! Calou incertezas. Estancou dúvidas. Sem dar chance de fazer perguntas. Entrou!
Fez adormecer noites insones. Não procuro mais São Jorge, terno
companheiro, no clarão. Contemplo apenas sua redoma. Cheia, transborda meu
coração. E os pisca-piscas que deixam as noites num eterno Natal. Foi também
madrugada de dia santo que você chegou. Adormeci ouvindo sua voz, falando em
cada poro. No outro dia, saudade! De tudo que já não cabia em mim. E que só
silenciara com você. Pensei em ligar. Pensei em ir. Pensei em você. Ouvia sua
voz. Que calava a minha. Mas, não sufocava. Transbordávamos. Transbordamos! Acontece
algo aqui que tento trancafiar em mim. Ou melhor, devo trancafiar. Mas, como?
Se nosso olhar transbordar na sala. Acontece algo aqui, quando você segura
minha mão. Quando fazemos planos. Lavamos os pratos. Arrumamos a cama. Almoçamos.
Soninho da tarde. Ou apenas, quando sorrimos. Acontece algo aqui, mas não só
acontece. Transforma! Mudança! Não apenas de cidade! Mas, de viver. E eu quero
comemorar isso todos os dias, não apenas naquele dia... É preciso uma nova
poesia para comemorarmos a potência da vida!
Assinar:
Postagens (Atom)